Com a transmissão comunitária da doença, os primeiros casos de varíola dos macacos são confirmados em crianças no Brasil. De acordo com a prefeitura de São Paulo, três crianças foram diagnosticas com a infecção e, no momento, estão sendo monitoradas e as condições de saúde estão estáveis.
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Segundo a prefeitura, os casos da varíola dos macacos foram diagnosticados em um menino de 4 anos e duas meninas de 6 anos, sendo moradores da zona leste, norte e sul da capital, respectivamente. No momento, “a transmissão da doença nestes pacientes está sendo investigada”, segundo informa a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), em comunicado.
A prefeitura também explica que todas as medidas para conter o surto são adotadas. “Desde os primeiros alertas da OMS [Organização Mundial da Saúde] para a doença, a SMS instituiu protocolos para toda a rede pública e privada para o atendimento dos casos suspeitos. O órgão está com toda a operação de atendimento, diagnóstico e monitoramento em pleno funcionamento”, reforça.
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Vale lembrar que, nesta semana, os Estados Unidos também confirmaram os primeiros casos da varíola dos macacos em crianças, incluindo um bebê. Todos estão em observação e isolados, segundo as autoridades norte-americanas.
Situação da varíola dos macacos em SP
Por dia, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas — referência para o diagnóstico e tratamento de doenças infecciosas em São Paulo — atende de 30 a 40 pessoas que buscam fazer o teste para a varíola dos macacos e saber se, de fato, estão com a doença, segundo apuração do G1.
Vale lembrar que, no momento, São Paulo é o estado que mais registra casos da varíola dos macacos no Brasil. Divulgado na quinta (28), o último relatório do Ministério da Saúde aponta para 744 casos da doença são associados ao estado. O total brasileiro é calculado em 978.
Entre as hipóteses que podem justificar a transmissão e o aumento tão rápido de casos está o fato dos casos serem mais discretos e fugirem do padrão típico da varíola dos macacos. De acordo com médicos, alguns pacientes apresentam poucas lesões na pele e, por isso, não associam diretamente o quadro com a doença. Sem isolamento e diagnóstico adequado, a transmissão contínua.
“O que estamos observando é que há um espectro de sintomas e lesões. Pode variar de lesão única na pele a milhares de lesões na pele. Tem pessoas que têm algo muito leve e, por conta disso, nem cancelam os compromissos que elas têm, vão a festas, bares, fazem encontros íntimos, mantêm relações com outras pessoas e podem continuar transmitindo”, detalha o infectologista Mario Gonzalez.
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Fonte: Canaltech