Entre prover acesso a conteúdos regionais em serviços de streaming ou permitir acesso livre à internet em países com restrições, o uso de VPNs vem crescendo em todo o mundo. Uma pesquisa realizada pela Hola, provedora de serviços desse tipo, mostrou que 80% dos usuários acreditam que passarão a utilizar serviços desse tipo até o ano que vem, principalmente como forma de usar a rede sem bloqueios regionais.
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O estudo entrevistou duas mil pessoas em países como China, Arábia Saudita, Vietnã e Emirados Árabes Unidos, todos territórios em que o governo exerce algum tipo de controle sobre o conteúdo acessado pelos cidadãos. Entretanto, o trabalho também veio com uma perspectiva perigosa, a de que 80% dos participantes ainda prefere o uso de VPNs gratuitas para liberar suas conexões.
O problema está relacionado ao fato de que serviços gratuitos não costumam ser confiáveis, além de investirem menos em proteção de privacidade enquanto buscam alternativas de monetização como anúncios e compartilhamento de dados. São poucas as plataformas gratuitas em listas de melhores VPNs publicadas na imprensa, enquanto o pagamento ainda é um fator que afasta muita gente de uma maior segurança.
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O resultado não é exclusivo de países com regimes autoritários. Um levantamento realizado pelo site de tecnologia TechRadar, por exemplo, mostrou que, em 2021, 60% dos usuários de VPN nos Estados Unidos já substituíram seus planos pagos por versões gratuitas. Aqui, claro, estamos falando de cidadãos com menos preocupação e, também, sem internet restrita; ainda assim, o resultado exibe um descompromisso com a segurança pessoal.
Ao mesmo tempo, existe uma pressão dos próprios usuários para que os provedores de VPN façam mais em prol de uma internet livre. 97% dos entrevistados pela Hola afirmaram que gostariam de ver isso acontecendo, um total que chega a 99% na China e gera maior pressão para o fornecimento de serviços que permitam acesso sem restrições.
Afinal de contas, em países com menos liberdade, estamos falando de questões básicas. 40% dos participantes, por exemplo, afirmaram encontrar dificuldades para acessar materiais educacionais, enquanto 29% informaram complexidades no acesso à informação. São elementos que aumentam a busca por VPNs e, também, a necessidade de opções seguras.
Como escolher uma VPN segura?
Ainda que a relação entre um serviço gratuito e a falta de segurança nem sempre seja presente, ela costuma existir; a gratuidade não é garantia de mal funcionamento, assim como uma plataforma paga também não pode oferecer a melhor estrutura. Sendo assim, o ideal é buscar avaliações e comentários de especialistas antes de realizar o download e o uso, especialmente para tarefas sensíveis.
Caso você possua uma assinatura de antivírus ou outros softwares de segurança, por exemplo, é bem provável que ela também inclua uma VPN, mesmo que básica ou limitada. Pode ser um ponto de partida para o uso da tecnologia na liberação de conteúdo ou no acesso a materiais restritos, por exemplo.
Seja qual for o caminho, o ideal é sempre optar por serviços e marcas reconhecidas, com aplicativos baixados de sites ou lojas oficiais. Uma busca rápida na internet já deve ajudar a separar as fornecedoras de VPN mais confiáveis daquelas obscuras; considerar o tipo de uso pretendido, também, auxilia na hora da escolha, já que existem plataformas que oferecem esse tipo de especificidade.
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Fonte: Canaltech