A Kaspersky lançou nesta semana um hub de informação para a TinyCheck, uma ferramenta de código aberto que ajuda a identificar quando um aparelho de celular está sendo alvo de um aplicativo de espionagem. O site serve como um guia de recursos para utilização do sistema, com detalhes sobre seu funcionamento e conscientização sobre o perigo dos stalkerwares, principalmente em casos de violência doméstica.
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A plataforma foi lançada originalmente em 2019 e trabalha a partir da análise dos pacotes que são enviados à internet a partir de um celular. Usando indicadores de comprometimentos e listas de serviços suspeitos, a TinyCheck é capaz de indicar quando informações dos aparelhos são trocadas com domínios potencialmente perigosos, sem que os dados em si sejam armazenados ou lidos por terceiros.
Na parceria com organizações de proteção contra vítimas de perseguição e violência doméstica, a Kaspersky também aponta que o sistema roda a partir de servidores próprios ou pode ser instalado em redes sem fio, de forma que sua presença em um aparelho não seja notada por um abusador. Enquanto a empresa trabalha para manter sua lista de indicadores atualizada diante dos serviços de espionagem disponíveis no mercado, a constante atualização destas plataformas se mostra um desafio que vem sendo encarado desde agosto de 2021, quando malwares mais sofisticados foram incluídos na lista de perigo.
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Com o lançamento do hub de informação, a empresa de segurança deseja intensificar esse trabalho e também incentivar o uso da TinyCheck. O site traz links diretos para o sistema, disponível em código aberto no GitHub, questões mais comuns sobre sua utilização e um meio de contato direto com os responsáveis, assim como com os parceiros que protegem as vítimas em diferentes países do mundo.
Como saber se o smartphone está sendo espionado?
Enquanto o uso de ferramentas como a TinyCheck depende de certo conhecimento técnico, principalmente no que toca sua instalação na rede, observações também podem ajudar a identificar uma contaminação por apps espiões. Não deixar aparelhos desbloqueados ou à mercê de terceiros, por exemplo, é o primeiro passo para evitar um comprometimento.
Fique atento, por exemplo, caso a bateria esteja sendo consumida mais rapidamente do que deveria, assim como a internet móvel disponível em seu plano de telefonia — ambos são sinais de que pode haver algum tipo de atividade oculta. Fique atento também a e-mails e notificações sobre entradas indevidas em serviços e plataformas online, que também podem ser sinais de invasão, assim como avisos indevidos sobre a ativação de câmeras e microfone. Vale a pena também observar a lista de aplicativos instalados, em busca de soluções desconhecidas.
Caso detecte algum dos sinais acima ou uma combinação deles, o ideal é interromper o uso e procurar ferramentas de segurança digital, além de ajuda especializada. Em caso de abuso ou violência doméstica, é importante buscar auxílio das autoridades ou de organizações especializadas em acolher vítimas desse tipo de crime.
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Fonte: Canaltech
