A Ford promoveu um evento online nesta sexta-feira (1º) para divulgar as novidades e os investimentos no Centro de Desenvolvimento e Tecnologia da empresa no Brasil. Daniel Justo, presidente da Ford para a América do Sul, André Oliveira, Diretor de Engenharia da montadora na região, e outros executivos de peso abordaram o presente e o futuro da tecnologia envolvendo os carros da marca. E fizeram promessas ousadas.
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“A Ford está altamente comprometida em ser um player transformador nessa nova era da mobilidade. São três pilares importantíssimos: eletrificação, conectividade e tecnologia. Já anunciamos o comprometimento de investir US$ 50 bilhões até 2026 e já eletrificamos os nossos ícones. Mustang Mach-E, F-150 Lightning e E-Transit. Nossos modelos principais estão eletrificados”, comentou o presidente Daniel Justo.
Segundo o executivo, serão 600 mil carros elétricos fabricados até 2023, e 2 milhões até 2026. Justo lembrou ainda que do total que será investido, US$ 12 bilhões serão destinados a dois megapolos tecnológicos nos Estados Unidos, locais em que serão produzidas e recicladas as baterias elétricas e, também, onde será fabricada a futura picape elétrica do line-up da montadora.
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Investimento em capital humano
Os três pilares apontados pelo presidente da Ford como fundamentais para a nova era da mobilidade são a eletrificação, a conectividade e a tecnologia, mas o executivo fez questão de lembrar que nada disso poderá ser desenvolvido sem o que ele rotulou como “principal recurso”: as pessoas.
Por conta disso, o Centro de Desenvolvimento e Tecnologia da montadora estadunidense revelou que investiu na contratação de 500 novos profissionais para a área, que terá agora um total de 1.500 totalmente integrados ao ecossistema global de inovação da companhia.
“Nosso centro de desenvolvimento está entre os maiores e mais completos da América do Sul, mas, mais do que isso, é uma unidade de negócios auto sustentável, gerando R$ 500 milhões de receita para a Ford Brasil ao ano. É um resultado significativo, que comprova que a engenharia brasileira é competitiva e vale a pena investir em pesquisa e desenvolvimento no País”, argumentou.
Alguns destaques do Centro de Pesquisa da Ford
Os executivos da Ford deixaram claro que o departamento de pesquisa e desenvolvimento (P&D) é um dos braços que a empresa mais confia para se tornar cada vez mais forte no segmento de carros elétricos, conectados e autônomos. “Não posso falar de futuro e de carros elétricos e conectados sem falar em pesquisa. Hoje, no Brasil, temos mais de 200 pesquisadores e 120 projetos em 17 estados”, revelou André Oliveira, Diretor de Engenharia da marca.
Os departamentos de design, o chamado D-Ford, que, segundo Oliveira, é uma startup dentro da Ford, e o time de Teardown e Benchmarking também foram citados como fundamentais para a descoberta de novas tecnologias, sempre em sintonia com o que o público indica desejar nos carros da marca.
“Essas interações resultam na criação de novas experiências para os consumidores. Um exemplo é o Bronco. Vários acessórios dentro do carro foram pensados há 5 ou 6 anos pelo nosso time para agora ser comercializado: porta-objetos atrás do banco, abridor de garrafas cravado na carroceria. Tudo pensado no D-Ford. Depois de discutidas, pensadas e validadas, as ideias passam para engenharia e industrialização”.
Um ponto levantado pelo Diretor de Engenharia foi em relação ao grafeno, material que, segundo ele, pode melhorar muito o desempenho de carros elétricos e híbridos. “A Ford é a primeira a implantar o grafeno globalmente falando. Esse material traz maior resistência, reduz peso e, consequentemente, aumenta a autonomia das baterias”.
Segundo a Ford, o Centro de Desenvolvimento já tem mais de 70 patentes globais desenvolvidas. “Isso mostra o porquê nós, na América do Sul, continuamos a servir a Ford Global com nosso capital humano depois de mais de 20 anos”.
Ford “descarta” híbrido flex e foca na eletrificação
Enquanto algumas empresas, como a Volkswagen, já declararam abertamente serem amplamente favoráveis ao desenvolvimento de carros que utilizem o etanol como alternativa à eletrificação pura, nos chamados híbridos flex, a posição da Ford é firme a respeito do assunto.
“A Ford se posicionou claramente na visão de descarbonização e quer atingir essa redução de emissão por meio da eletrificação. Isso não quer dizer que temos não temos veículos híbridos na nossa frota global. Temos veículos híbridos e continuamos investindo nessa tecnologia”, explicou o presidente Daniel Justo.
O executivo contemporizou na sequência, afirmando que, “especificamente na América do Sul” a montadora está em constante estudo para ver o que é melhor para a região, mas repetiu: “O foco da companhia é a eletrificação”.
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Fonte: Canaltech