Com um grande empenho da equipe de produção, a Globo conseguiu viabilizar em um dos lugares mais belos do Pantanal as gravações do remake agendado para estrear na próxima segunda, dia 28. Curiosamente, o mesmo lugar que recebeu a versão original, há 30 anos.
Foram seis fazendas que deram suporte direto, sendo três delas usadas como locação, contendo rio, casa, árvores, descampado, baías e tudo mais que era fundamental para as cenas.
O local escolhido fica a cerca de quatro horas da cidade mais próxima. Ao redor, somente fazendas e natureza selvagem. As fazendas dão apoio à produção, seja para hospedagem, para gravação ou almoxarifado.
“Foram 12 caminhões para contemplar todo o material de produção, produção de arte, cenografia, figurino, caracterização e tecnologia – estimamos algo em torno de 144 toneladas de material.
Tivemos que fazer o transbordo para caminhões 4X4 a fim de levar para dentro do Pantanal. Para cada caminhão baú, usávamos em média três ou quatro caminhões 4X4”, conta a gerente de produção Luciana Monteiro, explicando a logística da viagem.
Entre funcionários das fazendas, transporte, equipe e elenco, cerca de 150 pessoas estiveram envolvidas diretamente com as gravações no Pantanal no segundo semestre de 2021. Toda essa movimentação foi necessária para gravar “apenas” de 30 a 40% da obra.
“Estive no Pantanal três vezes antes de começarmos a gravar. Muita coisa estava prevista. Sabíamos que seria difícil, por exemplo, a questão de combustível.
Era preciso ter que comprar e estocar para atender gerador, barco; trazer os equipamentos e as pessoas; o transbordo de tudo que vem do Rio em caminhão baú… Mas ainda assim, sempre aparecia algum imprevisto”, comenta Luciana.
“A pressão que a gente tem é a do clássico que estamos colocando no ar. Uma obra enorme, uma novela que não é convencional. Uma logística muito diferente do que estamos habituados a fazer.
Um lugar inóspito, com coisas que você não está acostumado a lidar nas grandes cidades. É um santuário. É impressionante.
Isso te dá uma sensação de responsabilidade muito grande, de como você vai levar todas as pessoas pra lá e respeitar cada pedaço daquela terra, uma coisa incrível. A primeira produção foi genuína, uma coisa muito orgânica. O Pantanal é místico”, diz Andrea Kelly, gerente de produção de Pantanal.
Pantanal tecnológico
A produção diferencia-se, ainda, pela aplicação de tecnologias inovadoras. Um exemplo é o primeiro episódio, que foi produzido em 8K e que terá transmissão em 8K pelo Globoplay, inaugurando a utilização desse formato em novelas.
Além disso, o primeiro capítulo será transmitido – também pelo Globoplay – em Dolby Atmos, tecnologia de áudio que busca garantir maior nível de imersão ao espectador.
A iniciativa da transmissão nesta qualidade de imagem abre portas para que a tecnologia seja amplamente utilizada no futuro – à medida que os televisores com capacidade de leitura do 8K passem a ter penetração nos domicílios brasileiros.
A resolução é uma evolução em relação ao 4K, representando uma qualidade de imagem quatro vezes superior. As siglas indicam a quantidade de pixels disponíveis na tela. Enquanto o 4K apresenta 3.840 x 2.160 pixels, o 8K reúne até 7.680 x 4.320.
Como o primeiro capítulo de ‘Pantanal’ ficará disponível no streaming, a solução se torna atemporal, com potencial de impactar o público a longo prazo.
Para o espectador, o grande diferencial do formato é permitir uma experiência muito similar à que ele teria vendo a olho nu, com precisão e realismo. O que se torna ainda mais impactante quando aplicado a uma novela com forte ambientação na natureza.
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Fonte: Observatório da Televisão