Brasil

Vídeo Show nunca fez tanta falta como agora

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A alta demanda do gênero telenovela e a retomada contínua das produções de auditório e outros formatos após dois anos do impacto da pandemia justificariam o bom momento para, quem sabe, um retorno do Vídeo Show. Ideia essa que poderia oxigenar a programação da Globo das exaustivas reprises estendidas – quem sabe em um horário alternativo.

Um novo público se formou desde então e muita gente ainda desconhece a nova marca Globo e tampouco entende a convergência de meios pela qual ela está passando. Sua liderança e popularidade absoluta sobre a concorrência, além da qualidade cada vez mais elevada a cada produto lançado, não tira o fato de que a emissora precisa sim ser redescoberta.

É preciso entender que uma expressiva parcela da população ainda desconhece tais transformações que a televisão no mundo está passando. Uma realidade completamente oposta a que eu e você conhecemos. O Vídeo Show, no caso, cumpriria muito bem este papel de mostrar que a Globo está muito bem (obrigada!), e produzindo a todo vapor.

Por mais de três décadas a atração foi mais que uma vitrine para as novelas, programas, artistas, produtores, diretores e técnicos. Goste ou não, representou a alma da TV Globo, hoje um pouco mais apática, com menos cor.

Voltar com o Vídeo Show não é privilegiar uma única categoria, como a dos adoradores ou pseudo-entendedores do assunto, mas sim sustentar um pouco mais a grade que vem repleta de novidades nesses novos tempos mas por outro lado pecando bastante na pontualidade dos horários e na divulgação dos produtos. Quem sabe Um lugar ao Sol estivesse em outro patamar de audiência, não é mesmo?

Uma TV sem registro de bastidor é uma TV pedante, enfraquecida e despreocupada com a sua própria história. Como diz o slogan: “O futuro já começou”. Mas o que será do futuro da Globo ou como provar um fato sem registro? As novas páginas da emissora mereciam uma história melhor escrita.

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Fonte: Observatório da Televisão