O 5G estará disponível em todas as capitais brasileiras até julho. E já há estimativas de que os planos custarão mais caro que os de 4G: no pós-pago, os preços devem ser de, ao menos, R$ 250 mensais.
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Inicialmente, os pacotes devem permanecer os mesmos porque os clientes vão usar o 5G DSS, que utiliza as frequências do 4G para atingir velocidades de 5G com tempo de resposta (latência) baixo. A versão standalone, o chamado 5G puro, só deve estar disponível em 2023 — e aí os preços subirão.
Só com a massificação do serviço, que pode fazer os preços de chips e aparelhos baixarem, os planos devem ficar mais baratos. A expectativa é que, em três anos, sejam cerca de 500 milhões de acessos entre assinantes residenciais e empresariais.
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Executivos da Claro e da Vivo avaliam que as empresas devem modernizar suas atividades com a tecnologia. O agronegócio e a indústria devem ser os principais consumidores inicialmente. Claro, TIM e Vivo adquiriram frequências de 26 GHz no leilão realizado em novembro para testar serviços voltados a esses setores.
Marcos Ferrari, presidente da Conéxis, diz que o 5G vai se difundir na sociedade pelos smartphones e pelas aplicações no setor produtivo. “Sua massificação se dará por meio de investimentos e do cumprimento de obrigações do edital”, aponta. “Eles virão principalmente de empresas consolidadas no mercado, como tem ocorrido nos países que já iniciaram a implantação do 5G.”
Novidades a caminho
A revolução prometida pelo 5G deve incluir muitas novidades. Com a baixa latência e as altas velocidades oferecidas pelo standalone, haverá mais automação, novos aplicativos e soluções para serviços de logística e transporte. Na agricultura, sensores permitirão saber quais áreas cultivadas precisam de adubo ou água e imagens de drones ajudarão a prever a safra.
Já a telemedicina deve se expandir e até incluir cirurgias. Nas cidades, água, luz, saneamento e tráfego poderão ser controlados remotamente. O prefeito de Curitiba, Rafael Grecca, busca uma parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento em Inovação (Abdi) para criar soluções inteligentes de controle de semáforos. O tempo de espera seria proporcional à movimentação de veículos e não mais predefinido.
Um estudo da Omni, consultoria especializada em telecomunicações, se todas as funcionalidades da tecnologia forem implementadas no país, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve aumentar em R$ 6,5 trilhões até 2030. Claro, TIM e Vivo estimam investir mais de R$ 150 bilhões na construção de redes 5G nos próximos oito anos.
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Fonte: Canaltech