Ole Gunnar Solskjær se despediu de Old Trafford sem conseguir fazer seus estrelados comandados terem um padrão de jogo bem definido. Agora, a nova aposta interina do Manchester United é Ralf Ragnick, precursor do conceito gegenpressing, ou “perde-pressiona”, rosto do projeto Red Bull e um dos nomes mais influentes do futebol alemão na atualidade.
Antes mesmo de desembarcar na Inglaterra, o treinador sabe que precisará lidar com uma série de desafios. Entre urgências defensivas, má fase de jogadores importantes do plantel e a necessidade de impulsionar Cristiano Ronaldo na Premier League, confira cinco problemas que Rangnick terá no comando dos Red Devils.
1. Fragilidade defensiva
Chelsea, Manchester City e Liverpool formam o G-3 da Premier League. Juntos, o popular trio sofreu 23 gols na atual edição do Inglês. Sozinho, o United sofreu 22. A equipe de De Gea tem a segunda pior defesa entre os 10 primeiros colocados do torneio nacional, perdendo apenas para o Leicester City, que viu Kasper Schmeichel levar 23 tentos.
Taticamente falando, os problemas defensivos são notáveis. Harry Maguire e seus companheiros costumam ter dificuldades para conter quase todos os contra-ataques adversários, fazendo com que, nem mesmo o desempenho no ataque – que também não está tão bom assim – seja invalidado.
2. Falta de padrão de jogo
Quando falamos que Solskjær fez do Manchester United um time sem padrão de jogo, é porque ele realmente o fez. Até o momento, a equipe, que tem nomes ofensivos como Cristiano Ronaldo, Jadon Sancho, Bruno Fernandes, Mason Greenwood e outros talentos, foi às redes somente 21 vezes no Campeonato Inglês.
Apenas para efeito comparativo, o Chelsea, líder do torneio, tem 10 gols a mais. Um clube com as peças dos Red Devils não pode se contentar em ser um “catadão” dentro das quatro linhas. É preciso ter um padrão de jogo bem definido. E isso Ralf Rangnick já provou ter. Aliás, ele é considerado inventor de um importante estilo moderno, então…
3. Má fase de pilares da equipe
Seria injusto eleger apenas um culpado para tamanha desordem, certo? Afinal, a fase do plantel como um todo já foi bem melhor. Embora outros exemplos possam ser citados, dos dois principais casos de inconstância no grupo são vistos na lateral: Luke Shaw e Aaron Wan-Bissaka.
Antes com status de pilares da equipe, a dupla de ingleses caiu abruptamente de rendimento e, hoje, precisa focar primeiro na recuperação técnica antes de sonhar com a titularidade. Rangnick terá um grande desafio pela frente com algumas peças…
4. Jogadores talentosos com pouca rodagem
Diogo Dalot, Mason Greenwood, Alex Telles, Eric Bailly… todos são nomes interessantíssimos no clube e que, sob nova direção, podem sonhar com maiores oportunidades. Contudo, nenhum caso se assemelha ao de Donny van de Beek. Talentoso, o holandês esteve em campo somente 61 minutos na atual edição da Premier Legue. Simplesmente não faz sentido…
5. Tirar o melhor de CR7 no Inglês
Cristiano Ronaldo mostrou todo seu brilhantismo de definidor na Liga dos Campeões. Mais de uma vez, aliás. Acontece que, no âmbito nacional, o luso ainda não conseguiu ser tão efetivo assim. E a qualidade individual do camisa 7 faz muita falta em partidas nas quais a equipe adversária não costuma se expor muito.
Fonte: 90min