Um estudo conduzido por cientistas brasileiros e britânicos traz uma boa notícia para as grávidas: a vacina CoronaVac fornece uma boa proteção contra casos graves da covid-19. A pesquisa foi feita com dados de gestantes do Brasil e conseguiu estimar que a eficácia da vacina contra o coronavírus SARS-CoV-2 é de 85% para formas graves da doença.
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Publicado na plataforma SSRN, vinculada à revista The Lancet, o preprint — artigo científico ainda não revisado por pares — concluiu que a eficácia do esquema completo de vacinação (duas doses) da CoronaVac evitou 85% dos casos graves da covid-19. Além disso, a eficácia foi de 75% na prevenção da progressão dos casos sintomáticos para a forma grave da doença.
Durante o estudo, nenhum óbito foi relatado entre as gestantes parcial ou totalmente imunizadas com a vacina CoronaVac. Por outro lado, quatro óbitos seriam esperados em decorrência da infecção, se a mortalidade fosse a mesma do público não vacinado.
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Vale lembrar que, em março deste ano, mulheres grávidas com comorbidades e em ocupações consideradas de alto risco se tornaram elegíveis para receber vacinas contra a covid-19 no Brasil. Em abril, a recomendação da imunização foi expandida para incluir todas as gestantes, independente de alguma doença prévia.
Estudo da CoronaVac em grávidas
O estudo partiu de um banco público de dados nacional de gestantes — com idades entre 18 e 49 anos — e que apresentaram sintomas da covid-19. Estas mulheres realizaram um exame do tipo RT-PCR, entre os dias 13 de março e de 3 de outubro de 2021. Além disso, os detalhes dos casos foram registradas no Sistema de Notificação do Ministério da Saúde (e-SUS Notifica).
Ao final da triagem, foram selecionados os dados de 19.838 gestantes, sendo que 7.424 (37,4%) haviam testado positivo para a covid-19, e 588 (7,9%) desenvolveram a forma grave da doença. No momento da extração dos dados, 83% das gestantes haviam recebido as duas doses da vacina, enquanto 17% haviam recebido apenas uma.
“Um regime completo de CoronaVac em gestantes foi eficaz na prevenção dos casos sintomáticos da covid-19 e altamente eficaz na prevenção da forma grave da doença”, afirmaram os pesquisadores, no artigo que aguarda revisão.
O estudo contou com a participação de pesquisadores dos seguintes centros de pesquisa: London School of Hygiene and Tropical Medicine, Universidade Federal da Bahia (UFB), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade de Brasília (UnB) e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Para acessar a pesquisa completa, clique aqui.
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Fonte: Canaltech