Um novo estudo realizado na Suécia mostrou que mesmo com apenas uma pessoa vacinada numa residência, a família já fica mais protegida contra o risco de infecção e hospitalização contra covid-19. O resultado é ainda melhor quando o número de imunizados é maior.
- Sistema imunológico pode “memorizar” proteção contra covid por pelo menos 1 ano
- Brasil atinge menor taxa histórica de transmissão da covid, diz Imperial College
- OMS recomenda reforço da CoronaVac para quem tem mais de 60 anos
O estudo, publicado na revista Jama Internal Medicine, acompanhou quase 1,8 milhão de cidadãos suecos, de mais de 814 mil famílias do país. Todas elas adquiriram imunidade ou por infecção prévia, ou pela vacinação com os imunizantes da Pfizer/BioNTech, da Moderna e da AstraZeneca. Essas pessoas foram comparadas com outras que não se vacinaram, nem tiveram contato com o vírus. Foram levadas em conta famílias de no máximo cinco pessoas, uma vez que a amostragem dessa população foi considerada muito pequena para ser estatisticamente relevante.
Entre as famílias de maioria não-imunizada em que havia uma pessoa imune, o risco de contrair a covid-19 era reduzido entre 45% e 61%. Quando havia duas pessoas imunes, o risco diminuiu entre 75% e 86% e a redução chegou à faixa de 91% a 94% quando três residentes estavam imunizados.
–
Canaltech no Youtube: notícias, análise de produtos, dicas, cobertura de eventos e muito mais! Assine nosso canal no YouTube, todo dia tem vídeo novo para você!
–
Os autores apontam que essa redução de risco também se manteve quando se observou o risco de agravamento da doença e hospitalização. Uma família de três pessoas com uma delas vacinada já viu uma redução de risco de internação de 80%.
A constatação é uma notícia positiva para áreas em que a vacinação ainda está defasada, em que muitas pessoas ainda não estão imunizadas. É sinal de que há um impacto epidemiológico positivo, mesmo quando apenas uma minoria tem acesso aos imunizantes.
Os pesquisadores admitem, no entanto, uma limitação importante. No momento em que o estudo foi realizado, a variante Delta ainda não havia se tornado dominante na Suécia. É possível que as descobertas apontadas no artigo já não sejam mais válidas diante da cepa que se tornou prevalente no mundo.
Trending no Canaltech:
- Einstein estava errado e Big Bang não é o começo do universo, diz esta teoria
- Volkswagen Gol sofre novo aumento e preço fica absurdo; veja quanto custa
- Microsoft Excel resolve um dos problemas mais antigos e irritantes do programa
- Onde fica a lixeira do WhatsApp?
- Os 10 animais mais bonitos do mundo
Fonte: Canaltech