Acredita-se que os dinossauros foram extintos após um asteroide atingir a Terra de maneira catastrófica há 66 milhões de anos. E um estudo da Universidade de Michigan (EUA) publicado na última segunda-feira (11), aponta que, na ocasião, algumas criaturas sobreviveram, incluindo certos mamíferos do tamanho de ratos que mais tarde se diversificariam nas mais de 6 mil espécies de mamíferos que existem hoje.
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Esse estudo sugere que os mamíferos que vivem no solo foram mais capazes de sobreviver do que os mamíferos que vivem em árvores, devido à devastação global das florestas que se seguiu ao impacto do asteroide. A análise com mamíferos foi publicada na revista Ecology and Evolution e é uma continuação de um estudo com pássaros de 2018. Os dois artigos destacam a influência dessa extinção em massa na formação das primeiras trajetórias evolutivas dos animais vertebrados de hoje.
Segundo o trabalho, o impacto do asteroide desencadeou um pulso de calor que gerou incêndios florestais em todo o mundo. Além disso, nuvens densas de detritos e fuligem foram ejetadas na atmosfera, resfriando o planeta e provavelmente bloqueando a luz do sol, enquanto a chuva ácida caía.
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“A devastação em grande escala de ambientes florestais resultante do impacto do asteroide provavelmente influenciou as trajetórias evolutivas de vários grupos, incluindo mamíferos terrestres. Nossas descobertas são consistentes com a hipótese de que esses mamíferos sobreviveram preferencialmente a essa extinção em massa”, afirmam os pesquisadores.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores realizaram análises estatísticas dos hábitos ecológicos dos mamíferos modernos para determinar se seus ancestrais tinham mais probabilidade de viver em árvores do que no solo. Essas análises mostraram que os mamíferos que sobreviveram à extinção em massa do fim do Cretáceo eram em sua maioria habitantes do solo. O estudo completo pode ser encontrado aqui.
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Fonte: Canaltech