Clientes da Gearbest se deparam, já há cerca de 10 dias, com uma página de erro quando tentam visitar o site. O endereço concorre com serviços como AliExpress para quem busca produtos chineses. Além do site fora do ar, as redes sociais da marca estão sem atualização há mais de um mês.
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O Xataka aponta que os serviços estão inacessíveis em todos os países em que a loja opera. Isso indica que o fechamento não é parcial.
No Facebook, a página da marca tem 4,8 milhões de curtidas. Como não há nenhum aviso sobre a ocorrência, os clientes têm usado a última publicação, de 7 de julho, para reclamar. No Messenger, é possível enviar mensagens para o serviço de atendimento, mas a única resposta obtida é automática.
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No YouTube, a atualização mais recente foi há dois meses. O perfil do Twitter não recebe novidades desde abril de 2020. A conta da loja no Instagram não existe mais.
Trajetória instável
Criada em 2014, a Gearbest se transformou em uma das principais empresas chinesas no cenário internacional em quatro anos. Em 2018, era bem-sucedida como Xiaomi, ZTE, Lenovo, JD e Shein. Quando completou cinco anos, em 2019, fez uma reestruturação. Agora, porém, a situação parece crítica.
Não há explicação oficial para a inatividade da loja, mas, segundo o Gizchina, a situação da empresa já estava ruim em 2020: havia relatos de consumidores que não receberam produtos nem reembolsos e de afiliados que não receberam comissões. Esses afiliados eram parceiros que ajudavam a divulgar a loja no país. No início de 2021, a empresa mudou o programa e dificultou o pagamento de comissões.
Na mesma época, os preços da Gearbest deixaram de ser atraentes como antes. A marca atua de forma diferente do AliExpress e, em vez de ser um marketplace, é uma loja única. Para se tornar conhecida globalmente, tinha preços competitivos. Os aumentos repentinos podem representar falta de caixa ou dificuldades de financiamento.
A Shenzhen Globalegrow E-Commerce Co., que controla a Gearbest, tem perdido valor na bolsa de valores de Shenzhen continuamente. No último trimestre de 2020, essas perdas foram acentuadas.
Há três meses, a controladora pediu falência na província de Guadong, na China. O processo pode ter exigido ajustes operacionais — e até tornado inviável a continuidade da Gearbest. Por enquanto, outras lojas controladas pela companhia continuam online.
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Fonte: Canaltech