Mundo

Reações nucleares elevadas são identificadas em local inacessível de Chernobyl

Publicidade



Reações nucleares elevadas são identificadas em local inacessível de Chernobyl - 1

A usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, vem sendo monitorada por um sensor que faz a contagem da emissão de nêutrons nos escombros do local. Esse processo acontece há cinco anos e, de acordo com o aparelho, a atividade vem aumentando de forma gradual.

Ao mesmo tempo em que algo grave pode estar acontecendo, o constante aumento também pode não significar qualquer perigo, e a atividade ainda pode ser reduzida nos próximos meses ou anos. No entanto, investigações mais detalhadas e possíveis soluções para o problema são um desafio para os cientistas, uma vez que a região detectada pelo sensor não pode ser acessada por ser perigosa.

A anormalidade foi identificada na câmara 305/2, que não é acessada por humanos nem por robôs desde a explosão, que aconteceu em 1986, por estar repleta de materiais radioativos que vazaram de um reator. Sendo assim, a entrada no local é de alto risco e pode ser fatal. Neil Hyatt, especialista em descarte de lixo nuclear, diz que a situação é um lembrete de que Chernobyl não é um problema resolvido, mas sim estabilizado.


Siga o Canaltech no Twitter e seja o primeiro a saber tudo o que acontece no mundo da tecnologia.

Reações nucleares elevadas são identificadas em local inacessível de Chernobyl - 2
Imagem: Reprodução/Wirestock/Freepik

Existem algumas teorias sobre o que está acontecendo, como o uso de uma nova estrutura que foi colocada em cima do reator em 2016, que pode estar provocando o ressecamento do local. Os pesquisadores explicam que o decaimento da radioatividade do urânio ou do plutônio gera emissão de nêutrons em excesso, que podem ser desacelerados em grandes quantidades de água.

Caso os níveis continuem aumentando, será preciso perfurar a sala e a borrifar com um fluido que contém em sua composição substâncias como o nitrato de gadolínio, que absorveria o excesso de nêutrons e interromperia a reação de fissão. Isso terá que ser feito com a ajuda de robôs, que também poderão coletar amostras do material e instalar um absorvedor de nêutron sólido.

Hyatt diz que o evento não é como um “reator nuclear efervescente” e que os cientistas estão bastante confiantes de que não haverá liberação de energia suficiente para provocar outra explosão. “Já vimos excursões como essas antes com outros resíduos de combustível. O nível básico de nêutrons aumentou, se estabilizando e reduzindo novamente. Isso é o que esperamos que aconteça, obviamente”, completa o pesquisador, afirmando que não é motivo para alarde, ao menos por enquanto.

Trending no Canaltech:

Fonte: Canaltech