No início da pandemia, o conhecimento popular era de que a COVID-19 poderia ser mais fatal em idosos e pessoas com comorbidade, assim como já acontece com a gripe comum. Porém, com o passar dos meses, quanto mais jovens saudáveis foram sendo infectados, maior ficou a ameaça do coronavírus em diferentes faixas etárias.
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Atualmente, médicos de todo o mundo têm observado um crescimento na porcentagem de pacientes jovens e de meia-idade internados em hospitais. A resposta significa que a vacinação vem sendo eficaz em pessoas mais velhas, e que o desrespeito às regras de isolamento social por parte dos jovens já vêm mostrando suas consequências.
Além disso, as mutações do coronavírus são bastante significativas na quantidade de infecções, principalmente com o surgimento da variante B.1.1.7, identificada pela primeira vez no Reino Unido, que pode ser entre 40% a 70% mais contagiosa. “A B.1.1.7 não discrimina por idade, e quanto se trata de pessoas jovens, a nossa mensagem sobre isso ainda é muito suave”, pontua Judith Malmgren, epidemiologista da Universidade de Boston.
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Nos Estados Unidos, a população já está sentindo o impacto — que começa a se estender para outras regiões do globo. “Agora estamos vendo pessoas em seus 30, 40 e 50 anos, jovens que estão realmente doentes. Muitos deles sobrevivem, mas alguns não… eu acabei de perder um paciente de 32 anos com dois filhos, é de partir o coração”, desabafou o médico especialista em doenças infecciosas Vishnu Chundi, de um hospital de Chicago, nos Estados Unidos.
No país norte-americano, que está no topo da lista mundial de casos de COVID-19, a hospitalização de adultos abaixo de 50 anos já representa a maioria, sendo também o motivo de cerca de 35% de todas as entradas em hospitais. Por lá, somente 30% da população já recebeu as duas doses da vacina, mas a maioria pertence ao grupo prioritário de mais de 65 anos.
Ainda que as pessoas mais novas sejam maioria entre os infectados, as chances de morrer pela COVID-19 continuam sendo pequenas em grupos de pessoas com menos de 50 anos. Mesmo assim, eles podem ficar gravemente doentes e sofrer as consequências dos sintomas por um longo tempo após a contaminação. Vale lembrar também que jovens com comorbidades, como problemas no coração, também correm mais risco.
Michelle Barron, médica de um dos maiores hospitais do estado do Colorado, conta que muitos dos jovens infectados estão precisando de tratamento em unidades de terapia intensiva. A profissional relata que a média de idade de pacientes com COVID-19 caiu em questão de semanas de 59 para 48 anos, e diz que a tendência deve continuar enquanto ainda não há vacinação dentro destes grupos. Nos EUA, a imunização de jovens adultos foi liberada há poucas semanas.
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Fonte: Canaltech