Um grupo de cientistas e engenheiros chineses está desenvolvendo uma espaçonave robótica com a missão de coletar amostras de asteroides e cometas. O projeto, que já realizou vários testes aqui em solo, escolheu asteroide 2016 HO3 (469219 Kamoʻoalewa) como primeiro alvo, o menor e mais próximo objeto da Terra.
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O projeto consiste na elaboração de uma sonda para obtenção de amostras, as quais posteriormente serão trazidas para a Terra. Para o lançamento, será usado um foguete que seja capaz de lançar uma sonda e um módulo de reentrada em direção ao objeto a ser analisado. Uma vez em seu local de destino, a sonda avaliará a melhor maneira de se aproximar do objeto e, através de seu braço robótico, coletará as amostras. Em seguida, a sonda retorna para a órbita da Terra e envia o material à superfície por meio de um módulo de reentrada.
Concluída a primeira missão, a sonda se dirigirá em direção ao cometa 311P, também conhecido como P/2013 (PANSTARRS), localizado no cinturão de asteroides, para dar continuidade ao seu trabalho de exploração científica. Ye Peijian, pesquisador de espaçonaves da Academia de Tecnologia Espacial da China, diz que a missão foi incluída no programa de exploração interplanetária do país, o qual também pretende recuperar amostras de Marte e enviar uma sonda para explorar o sistema do planeta Júpiter.
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À medida que a exploração de asteroides avança, novos tipos de espaçonaves e outros aparatos científicos são desenvolvidos e, com isso, a pesquisa em ciência e tecnologia espacial é impulsionada. Durante o principal fórum da Conferência Espacial da China de 2021, realizada em Nanjing no último sábado (24), Peijian disse: “queremos explorar um asteroide porque, cientificamente falando, esses pequenos corpos celestes contêm traços deixados ao longo da evolução do nosso Sistema Solar que ajudarão os cientistas a aprofundar seus conhecimentos sobre o sistema e as origens da vida”.
O asteroide 2016 HO3 foi descoberto em abril de 2016 por um telescópio do Observatório Haleakala, no Havaí, e ele viaja em uma órbita ao redor do Sol que frequentemente o coloca bem próximo da Terra — embora esteja a uma grande distância para ser considerado, de fato, um satélite da Terra.
A missão, que deve levar 10 anos para ser desenvolvida, será um grande desafio, mas a equipe espera obter informações sobre as características físicas, químicas, estruturais e orbitais tanto do 2016 HO3 quanto do 311P. Peijian acrescenta que os engenheiros precisarão desenvolver tecnologias que permitam que a sonda realize manobras altamente sofisticadas enquanto orbita um corpo com fraca atração gravitacional. Mais detalhes sobre a missão e o projeto ainda serão divulgados.
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Fonte: Canaltech