A primeira rocha observada pelo rover Perseverance foi nomeada como “Máaz”, que, em Navajo, significa Marte. Ao longo do seu percurso durante a missão, o rover marcará pontos de referência na língua navajo. A área do local de pouso recebeu o nome do Monumento Nacional Canyon de Chelly — localizado no meio do território do povo Navajo. Por se tratarem de locais nunca antes explorados, a NASA decidiu nomear esses pontos em homenagem a este povo indígena da América do Norte.
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Hoje, o rover Perseverance completa um mês desde seu pouso em solo marciano; enquanto lá, o rover atinge seu 27º sol — em Marte um dia é chamado de sol. A região próxima ao local de pouso já havia sido mapeada e dividida em áreas com cerca de 1,6 km², cada uma recebendo o nome de algum parque nacional do mundo com características geológicas semelhantes. Agora o robô mapeia a região que recebeu o nome de Monumento Nacional Canyon de Chelly — aproximadamente 80 km de distância do local onde o engenheiro mecânico da NASA, Aaron Yazzie cresceu, no Arizona. O engenheiro, que também é parte da equipe da missão Mars 2020, faz parte do povo Navajo.
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Embora não se considere fluente na língua Navajo, Yazzie se diz muito familiarizado com o idioma, pois fez parte do seu crescimento, uma vez que seus pais falam em navajo. “Na verdade, foi a primeira língua dos meus pais. Mas sempre falei inglês e aprendi navajo em segundo lugar. Com todo esse novo esforço, estou reaprendendo minha língua também, o que é muito legal”, explica. O engenheiro desenvolveu uma lista de nomes em potencial, com a participação de oficiais do povo indígena.
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Ao traduzir “Perseverance” para a língua Navajo, temos “Ha’ahoni”. Alguns outros nomes têm significados bem literais, como: “dzil”, que significa montanha; “tse lichii” para rocha vermelha. Outros nomes foram escolhidos por serem mais descritivos, como “yeigo”, para diligente, “hozho” para felicidade e “nizhoni”, para linda. Aaron é um dos poucos engenheiros nativos americanos envolvidos em um campo que se relaciona com a ciência, tecnologia, engenharia e matemática.
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O engenheiro acredita que o projeto que mapeia o território marciano com nomes de seu povo poderá atrair mais jovens nativos para a ciência. “Assistir ao desenrolar de toda essa colaboração foi tão emocionante para mim”, diz. Para Yazzie, a maneira que ele tem de encarar todo esse trabalho é como “uma sobreposição dos meus dois mundos acontecendo agora”. Ele também espera que isso ajude a preservar a língua nativa ao longo do tempo, seja na Terra ou em outros planetas.
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Fonte: Canaltech