A Blizzard está fazendo 30 anos em 2021. A companhia é uma das mais tradicionais entre as desenvolvedoras de game, com uma história de sucesso de dar inveja a concorrentes. Muito por conta disso, a BlizzConline, evento para fãs da gigante, focou em olhar para o passado.
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Grande parte das novidades apresentadas no evento não eram exatamente novas. A cerimônia de abertura começou com o anúncio do Arcade Collection, um pacote com três jogos clássicos da gigante relançados para plataformas recentes. A coleção comemorativa aos 30 anos da companhia traz Rock N ‘Roll Racing, The Lost Vikings e Blackthorne.
Além disso, um dos destaques da BlizzConline foi o anúncio da remasterização de Diablo II. O game chega com novas texturas em 4K e melhorias sonoras, mantendo 70% da experiência original, de acordo com os desenvolvedores. A ideia é pegar na nostalgia dos fãs da franquia.
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Ainda com foco no passado, a Blizzard anunciou os planos para a chegada de Burning Crusade, expansão para World of Warcraft Classic. Trata-se da versão relançada do game para quem quer voltar para aquela experiência inicial do game original de 2004.
Fora essas revisitações a versões antigas de seus games, a Blizzard também falou sobre novidades de novas entradas para franquias já consagradas, entre elas Overwatch 2 e Diablo IV.
Ou seja, mais da metade da cerimônia de apresentação do evento, em que a empresa coloca os destaques de suas franquias, foi voltada a produtos já lançados, mas com roupagem moderna. O resto trouxe séries já bem fortalecidas entre os jogadores, mas com lançamentos só para depois de 2021. Nada completamente inédito.
Isso levanta a questão: o que novo de fato a Blizzard tem na manga para mostrar nos próximos dois anos? O Canaltech teve a oportunidade de participar de uma entrevista coletiva com J. Allen Brack e Allen Adham, respectivamente o presidente e cofundador da Blizzard.
Questionados sobre quando podemos esperar por novas propriedades intelectuais (IP), eles responderam: “Deixa eu falar um pouco sobre a nossa filosofia aqui. A primeira coisa que você precisa ter em mente é que a nossa segunda IP mais nova na Blizzard é, na verdade Diablo. Foram 18 anos entre a criação de Diablo 1 e a criação e anúncio de Overwatch. Ou seja, 18 anos para fazer uma nova IP. Isso é muito tempo”.
“Não posso dizer quando vamos anunciar isso [algo novo], mas sempre existe uma fruição em desenvolver coisas novas. Não posso dizer que temos algo para os próximos dois anos, mas é importante para nossa comunidade que estejamos sempre trabalhando e pensando em algo novo”, desviou o presidente da empresa.
O longo tempo de desenvolvimento para um novo jogo é uma das marcas da companhia. Contudo, a Blizzard é parte da Activision, companhia de capital aberto e que tem uma exigência por manter o ritmo de novos título e lucro.
Segundo relatório financeiro da Activision Blizzard apresentado no início de fevereiro, o braço Blizzard da companhia foi o menos rentável em 2020. O segmento faturou US$ 1,9 bilhões, em comparação com US$ 2,1 bilhões da King e US$ 3,9 bilhões da Acitvision.
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Atualmente, também é o setor com menor número de usuários ativos, somando 29 milhões mensais. Segundo o relatório, o segmento se mantém principalmente pelo alto número de jogadores de World of Warcraft.
Apesar desses números, a companhia não parece pretender mudar a forma como desenvolve seus jogos. “Existe um prazer em desenvolver novas coisas e é isso que garantiu o sucesso da Blizzard pelos últimos 30 anos. Esse é o plano para os próximos 30 anos também, novos games, novas IPS. É o que vai nos tornar atrativos para os principais desenvolvedores do mundo”, disse Adham.
Ou seja, podemos esperar novidades da companhia, mas sem ansiedade. A gigante trabalha a seu tempo. Segundo Brack, não será preciso esperar mais 18 anos para que algo realmente novo apareça para a companhia, mas o futuro com uma nova IP ainda parece longe de se concretizar.
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Fonte: Canaltech